1,2,3… e 4. Tudo que termina em três tem mais graça, samba melhor com a letra da música. Mas o que fazer se eu gosto assim? Gosto do quarto item, aquele que desconcerta, que quebra a sintonia, que destoa e finge que não entendeu. Gosto dele, do orgasmo sem dono, daquele que vem sem nome e sem classificação. Gosto dos rompantes sem sentido e da calmaria mansa que insiste em me encontrar na esquina da minha cama, aquela mesma que me acolhe as dores e as tentações de uma vida real. Sou eu, em uma versão mais ousada, que grita debaixo de tantas camadas de maquiagem, a maravilha que é gostar de si própria. E não me importo de verdade se você, ou eles, não querem me acompanhar nesse passeio, que é tão curto, mas tão intenso quando visto através da escuridão dos meus óculos. Volto nos 3 minutos para pensar que um quarto talvez fosse mesmo desnecessário, mas detenho-me rindo até o final da caminhada quando vejo que esse último me tirou a mesmice do equilíbrio e bagunçou minha vida perfeita. Agradeço ao “quarto item” e a todos os outros que continuam a preencher os tropeços da minha confusa rotina, que se torna tão densa e tão encantadora, cada vez que reconheço que tenho mais motivos para buscar a imperfeição dos meus passos nessa caminhada chamada vida…Fui! (buscar minha quarta nota nos desconcertos do meu eu… )
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