Dentro do seu sorriso encontro razões para voltar; dentro dele apaixono-me pela pessoa que eu costumava ser, aquela com as cores vibrantes da minha alma nada ortodoxa e cheia de todo caos que consigo armazenar nos limites da minha subserviência…
É abstrata a minha rotina, mas verdadeira minha busca. É virgem minha mensagem de benevolência, mas torna-se turva todas as vezes em que sublevo meu propósito, transformando-o em algo perverso e deliberadamente vulgar. Sou eu, em milhões de pedaços diminutos que tento encontrar uma forma de refazer-me, e que anseia por um caminho de volta, ainda que seja mais longo ou que tenha mais trânsito.
É minha atitude intempestiva que me faz seguir adiante, mesmo com todas as milhões de cores invadindo meu espaço sagrado; mesmo com todos os problemas que eu invento para me auto sabotar. Sou eu, em uma versão cheia de bossa que agora grita para parem esse trem e me deixem descer na próxima estação, naquela que me fará encontrar meus amigos de caminhada, que deveras já devem estar adormecidos pela minha demora, mas que ainda me acolherão com toda vontade que lhes é peculiar.
E ao saltar na estação, sou saudada por eles, minha compaixão, minha resiliência e minha força de vontade, que me fazem caminhar com passos certeiros a caminho do meu destino final; e eles aproveitam para me lembrar o significado da minha existência, ressaltado através do sorriso faceiro das pessoas que passam por mim sem nem perceberem o bem que me fazem…
Fui! (Sorrir…)