Todos nós, em algum momento, nos tornamos assassinos. Somos assassinos da nossa juventude, da nossa vontade, da nossa esperança. Abortamos o nosso futuro com a mesma facilidade que abrimos uma latinha de refrigerante. Abortamos nossos sonhos e nossos ideais.
Somos seduzidos pelo fácil manchado de sangue, e pelo barato fabricado com plástico, ossos e conservantes químicos. Somos manipulados e usados. Mas, no final, somos nós quem puxamos o gatilho. Não acreditamos em verdades absolutas, mas rezamos para um Papai Noel cheio de presentes. Queremos morar lá fora, mas esquecemos que nossa vida está aqui, trancada no quarto ao lado e esquecida de como é ser livre.
Pedimos paz ao Mundo, mas queremos mesmo é um passe livre para passar pela fronteira sem tocar nos indigentes do caminho. Queremos a misericórdia pelos nossos pecados, mas rezamos a reza do mais forte, no tom e forma que for mais conveniente. Porque queremos mesmo é viver, mesmo que seja do lado de “lá”…
Fui! (rezar!)