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Brega

É brega ir à praia de salto alto. É brega dizer que a sua religião é a certa. É brega mostrar em rede social as fotos do carro novo. É brega ser repetitivo. É brega tomar suco de caju com menta e açafrão porque alguém diz que faz bem para a pele. É brega contar as amenidades da sua vida doméstica. É brega dizer que ama e desaparecer do mapa. É brega fingir orgasmo. É brega ser tão espontâneo a ponto de dizer que está economizando até na marca do ketchup. É brega mudar o estilo pela moda do momento. É brega fazer um esporte “nada-a-ver” só porque passa na novela das oito. É brega ir a um jantar na casa de amigos com um decote até o umbigo. É brega falar que conhece um autor russo de livros best-seller só para ficar “In”. É brega arrumar correndo a casa quando chega uma visita. É brega ter mais tempo para o cachorro do que para o próprio filho. É brega fazer excursão com as amigas pelo próprio closet. É brega ser antipática com os amigos do marido só para curar a sua “dor-de-corno”. É brega não parar de falar do seu próprio trabalho. É brega implorar por um desconto em um item mega-supérfluo. É brega não assumir que perdeu e insistir. É brega querer sempre o que não se tem. É brega criticar o tempo todo a todos. É brega se achar mais chique do que realmente é. É brega passar fome para ficar com o corpo mais sexy. É brega ser alguma coisa que você não é. Brega mesmo é dizer que alguma coisa é brega…

Brega sou eu!

Fui! (Deixar de ser brega…)

Obs*: Crônica antiga, datada de 15/02/2012, aposentada no site.

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