Reflexo, botox, lipo, unhas de acrílico, colágeno e elastina, make-up, megahair, salto 20. Não dá para negar: as mulheres de hoje vivem um eterno “Complexo de Barbie”. São todas reféns de um estereótipo de beleza, de um passaporte para a felicidade. O bem-estar está do outro lado do espelho, no reflexo perfeito do modelo exposto, da cara de boneca e corpo de deusa. Não são as olheiras de uma profissional cansada, as estrias e celulites de uma mãe dedicada, nem mesmo as mãos calejadas da esposa que cuida. É o retrato da mulher “livre” que buscamos. Da mulher que não sente dor nos pés com os intermináveis saltos ou que não se importa de não conseguir dormir de bruços pelo volume dos enormes silicones só para manter sua forma mais exuberante e dentro do padrão. E o padrão? Ah! O “padrão”… Aquele código social que nos define como “In” e nos separa dos desajeitados grupos fora da lista de convidados da festa. E esses códigos não funcionam para os outros, funcionam para nós mesmos: “Onde queremos estar?” “Como queremos nos sentir?” “Quem queremos ser: a menina “de verdade”, com cabelo ruim que brinca de escovar os longos e loiros cabelos sedosos da boneca, ou sermos nós, a própria Barbie, linda, magra, sexy e feita de plástico?” Fui! (marcar urgente minha lipo porque o verão tá chegando… E plástico é mais eficaz que enchimento de sutiã!)
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