Começando um novo ano e pensando no meu planejamento para 2023. Parece que não tem como começar um ano sem pensar no que passou, não é mesmo? Até nossos sonhos e novos planos levam em consideração as nossas experiências e vivências dos anos anteriores. Agora estou aqui pensando nos meus desejos para 2023 e logo me recordei de alguns acontecimentos desafiadores e dos momentos de reconhecimento. Pensar no reconhecimento é sempre um incentivo para continuarmos nossa jornada com empenho.
Para começar, o reconhecimento de ter o meu livro lido por outras pessoas traz consigo o desafio de falar e de estar junto do público leitor. A minha primeira experiência foi durante a pandemia quando lancei o meu primeiro livro pelo Youtube, e as pessoas participaram através de vídeos. Já foi uma experiência muito interessante!
No final de 2021 participei da feira do livro de Porto Alegre, uma feira que envolve muitas histórias, livros e pessoas. É um acontecimento muito importante para o encontro de diversas culturas e para o povo riograndense. Nesta vez estive como escritora lançando o meu livro Taragô - A Origem de Nândhya Luz e dando autógrafos. Naquele momento senti meu trabalho aprovado profissionalmente, de verdade.
Já em 2022 o reconhecimento da minha escrita veio através de um convite de expor meu livro e conversar com crianças e jovens na cidade de Barra do Ribeiro. A oportunidade me levou à escola que os meus pais frequentaram enquanto crianças. E foi bem significativo!
Mas o grande desafio veio no final deste mesmo ano, quando recebi o convite da prefeitura da cidade de Dois Irmãos para participar na 33ª feira do livro da cidade, falando para os alunos de diversas escolas deste município. Minha fala aconteceria em dois momentos para atingir alunos do turno da manhã e alunos do turno da tarde. Surgiu em mim um sentimento de muita responsabilidade e ao mesmo tempo de muita satisfação por eles reconhecerem o meu trabalho.
E com este sentimento me preparei para novos rumos e desafios que o livro tem me proporcionado, um tanto quanto nervosa, mas muito empolgada em conversar com os meus leitores. Para este momento eu retomei questões do livro, da escrita e da minha própria vida até aqui.
Fiquei pensando, será que os jovens vão gostar? Será que os professores vão gostar? Será que eu vou gostar da experiência? Será que vou me sair bem? Foram muitas incertezas e preocupações! De certo modo, até bateu um medinho, mas com certeza não iria desistir porque eu estava muito animada e entusiasmada.
O grande dia chegou! E a minha experiência nesta feira foi incrível, melhor do que eu esperava. Já na chegada fui muito bem recebida pelo pessoal que estava organizando a feira. Logo me encaminharam para um camarim com uma mesa cheia de frutas, cucas, sucos, água e cafezinho, eu me senti muito importante. Não demorou muito veio o momento de subir no palco e falar para aqueles jovens e professores que se encontravam na plateia a minha espera. Ufa, então vamos lá.
Subi no palco com o coração batendo forte, mas após cumprimentar a plateia e dizer como estava feliz em estar ali, o meu coração se acalmou e consegui conduzir a minha explanação como havia planejado: falando primeiro sobre a minha vida de estudante, de como despertou em mim o meu desejo de ser escritora, e finalizando contando sobre o meu processo de escrita, sobre o livro Taragô e me colocando a disposição para as perguntas. E as perguntas foram muitas!
O que dizer daqueles jovens interagindo comigo para saber mais sobre o livro, sobre a minha vida, sobre o meu processo de escrita e inspirações. Fiquei surpresa com as perguntas e com a minha tranquilidade em responder. Senti que muitos alunos tinham lido o meu livro e se preparado para o bate papo comigo, a escritora. Nossa eu mesma! As perguntas foram muito pertinentes, tais como: - De onde veio a minha inspiração para escrever? -Porque escrevi o livro na primeira pessoa? - Qual a minha inspiração para descrever o planeta “Enero”? E muitas outras. Agora quando me lembro daquele momento, bate uma alegria que chego até me emocionar. O carisma, o carinho e a consideração que eles tiveram comigo foi maravilhoso. Amei!
Cada desafio é uma oportunidade de buscarmos a nossa felicidade, crescimento e realização. Na realidade, viver já é um desafio. Talvez o maior deles seja viver em sociedade, pois respeitar e considerar que cada um é diferente e tem suas próprias características não é muito fácil. Mas saber ser feliz é um desafio ainda maior, não é mesmo?
Muitas vezes o desafio está em nós mesmos, dentro do nosso inconsciente, nas nossas limitações, exigências, medos e planos. Mas temos que traçar os nossos caminhos e, até mesmo, parar, retomar e definir novas estratégias, sempre indo em busca de nossos sonhos e realizações.
A vida é um constante desafio, aprendemos e esperamos o melhor dela e de nós.
Nada pode nos afastar da felicidade, lembrando que os desafios são um constante aprendizado. Acredito que fomos criados para enfrentá-los e superá-los, tornando-nos pessoas melhores. E sempre temos que comemorar as nossas conquistas, mesmo as pequenas.
A vida é um constante desafio, aprendemos e esperamos o melhor dela e de nós. Lembrando que reconhecimento é algo que não se compra, se conquista. Acredite e vá em frente, porque eu irei!
Espero que o ano de 2023 seja, para todos nós, repleto de desafios, reconhecimento e realizações.
Fernanda Machado para a coluna Páginas do meu diário
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