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Desconstrução

Quantos traumas não sofremos no percurso da vida? Quantas dores suprimimos? E quantos desafetos recebemos? Todos os encontros e desencontros ruins, os infortúnios e os desapontamentos formam juntos, uma grande massa de concreto que nos paralizam, nos amedrontam e nos moldam dentro de uma realidade "possível". Criamos uma "máscara" para continuar a viver sem impedimentos e, se não for muita ousadia, sempre deixamos um ponto de inflexão exposto, para o caso de precisarmos quebrar esse bloco de cimento, que nos impede de respirar plenamente.

Quem sabe onde está o fim de uma estrada? E quem sabe se vamos conseguir chegar no fim dela? Por mais irônico que possa parecer, "viver" é uma arte. A "arte de viver". Pode ser difícil ou fácil, depende do cenário, do horário, dos patrocinadores. Mas na maior parte das vezes, depende mesmo é dos "artistas". E não é demérito errar a fala, esquecer as marcações, fechar para balanço. Errado é não se expor com medo de pisar no palco...

Existem várias formas de pedir ajuda. Existem remédios, médicos, terapias. Existem várias possibilidades para nos desconstruirmos e nos reiventarmos melhores artistas para a vida.

E, se o carro enguiçar antes de chegar no final da estrada, sempre podemos nos desfazer dele e comprar outro, com mais acessórios de segurança, mas também com teto solar...

Fui! (quebrar um pouco do meu cimento...)

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