Me diga onde é o norte que eu vou. Apenas me ajude a achar o caminho e eu serei eternamente grata pela dica. Muitas vezes, a única coisa que precisamos é de algumas palavras que nos indiquem para onde ir e por qual bifurcação não nos perderemos tão facilmente…
Sutilmente troco de sapatos quando percebo que o terreno é arenoso e, ainda que chova, continuarei a andar até encontrar o que busco. Sou mais eu, em uma versão menos perdida que te agradece a ajuda, mas que permanece à espreita, aguardando alguma carona para aliviar o peso dos meus pés cansados de tanto correr.
E quando chego ao destino final, já é tão tarde que não me dou conta de que esse caminho não era o certo, que eu deveria ter seguido pela outra estrada, aquela com mais paradas e distrações. Percebo que deveria ter sido mais leve em minha caminhada, ter dado mais risadas e relaxado mais… então volto a seguir meu caminho, agora em uma nova estrada, onde tento aproveitar melhor a paisagem que insiste em me saudar em um entardecer alaranjado e cheio de vida.
Vou seguir até o ponto em que me sinta cansada e, depois de descansar, vou caminhando por aí até encontrar o fim. E, quando este chegar, vou tentar de novo e sempre…
Afinal, o norte está bem ao lado e o rumo da nossa vida está aí, na ponta dos nossos pés…
Fui! (seguir para o norte…)