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Humildade

mulhernua

Humildade é algo lindo de se ver. De se ter. De saber que alguém a tem. Ser humilde é profundamente libertador quando o foco está na percepção do outro. E é igualmente delicioso entender-se como alguém sem porte de prepotência, sem fonte de argumentos indecorosos, sem o saber infinito de verdades e justiças...

Mas como já dizia minha bisa, "quem muito se abaixa mostra mais do que deveria", e mostrando algo tão precioso como a nossa mais absoluta pureza de intenções, a sensação que se dá é que estamos expostos. E que o caminho escada abaixo não é somente o mais certo, mas também o melhor a seguir. Afinal, somos humildes aos olhos dos bons e, como bons, soletramos o alfabeto sem sotaque e decretamos a mostra coletiva da nossa  "humilde derrière".

Mas como sempre dirijo na contramão, sou categórica em afirmar que sim, sou boa, sou linda e sou especial. Sou tudo o que não se pode dizer em voz alta, mas sou. E sou mais do que penso que sou, bem além das expectativas humildes da minha singela posição social. E se eu me curvo à enfastiada razão alheia? Claro que sim, quando estou com calcinha nova...

Fui! (levantar minha cabeça porque me curvar demais me dá câimbra...)

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