Íntimo e privado. É assim que chamo o ar que abraço, que trago para dentro de mim cada vez que desconfio de alguém, cada vez que sinto medo, cada vez que sofro calada. É o sentimento que me aproxima do meu eu mais profundo, daquele que não discute, que só sente. Sou eu, na minha versão mais nua que se encontra dentro desse abraço, cercada por todos os sons da melodia que só eu consigo escutar, das partituras mais privadas da minha vida.
Não sou reservada sempre, só quando quero me encontrar comigo em um lugar que ninguém possa me acessar, onde não podem me criticar mais do que eu mesma, e onde eu também posso ser dona das minhas vontades mais loucas, daquelas que fariam a terra tremer e papai suspirar. É lá que descanso depois de ser feliz. Descanso serena, sem a pressão de ter que rir o tempo todo, sem a necessidade de ser adequada ou acessível.
Sou mais verdadeira ali, no espaço sagrado da minha alma, no limite da minha teimosia e no apogeu do meu "eu"; no momento em que guardo só para mim um pouquinho da minha intimidade, que é tão fulgaz e ao mesmo tempo tão intensa...
Fui! (preservar mais os meus espaços íntimos e privados...)