Ano novo, vida nova! Parece meio clichê para você? Se a sua resposta for sim, existe uma grande possibilidade de que esteja fazendo planos de início de ano que nunca se cumprem.
Mas essa promete não ser mais uma frase clichê para a nova geração de profissionais do mercado digital. O que é possível observar claramente, trabalhando com desenvolvimento humano, educação de carreira e apoiando empresas a melhorar a experiência dos profissionais que passam por elas, é que este mercado digital impacta a nova geração de uma forma tão profunda e eles possuem uma força tão imensa, que o resultado disso vem obrigando as pessoas das outras gerações a enxergar o mercado e a si mesmas de forma diferente. E pelo que pude concluir, mesmo sabendo que este mercado é complexo, volátil, incerto e ambíguo, é que não é mais uma opção evitar ou deixar de olhar para dentro e assumir a responsabilidade das suas escolhas e do seu desenvolvimento profissional.
Para usufruirmos cada vez mais e melhor o resultado dos avanços tecnológicos, que hoje, mudam em uma velocidade quase impossível de ser acompanhada, as pessoas precisam urgentemente olhar para dentro e fazer uma faxina. Sabe aquele exercício que grande parte das pessoas devem ter feito alguma vez na vida: abrir o armário, retirar todas as roupas e itens, separar o que usa, o que não usa mais, o que não serve mais, independente de amar ou não aquele item do seu armário, o que disso tudo pode ser doado, vendido ou jogado fora nos locais corretos. A sensação ao terminar esse exercício é sensacional! Nunca fez?
Faça! É um super exercício se você conseguir internalizar o objetivo da atividade. Atualizar constantemente a partir de agora a sua forma de olhar para si mesma e para o mundo passa a ser item obrigatório para quem deseja prosperidade profissional e sanidade mental.
“Para usufruirmos cada vez mais e melhor o resultado dos avanços tecnológicos, que hoje, mudam em uma velocidade quase impossível de ser acompanhada, as pessoas precisam urgentemente olhar para dentro e fazer uma faxina.”
Este mercado que muda a velocidade das coisas, como consumimos, como criamos, como trabalhamos, como passamos por processos seletivos, como procuramos emprego e por aí vai, pode ser bastante cruel sobre os impactos que oferece aos que resistem muito para esse chamado. É hora de se fazer perguntas, atualizar seus gostos, aprender a dizer o que gosta e o que não gosta e ainda, como fazer isso de forma a manter as relações, fortalecendo-se sem agredir a outra pessoa.
Mas por que o tema deste encontro diz que os escolhidos mudaram de papel? Como assim quem escolhe são os candidatos? Resolvi reforçar muitos conteúdos que já vem sendo compartilhados sobre os impactos da transformação digital e que evidenciam muito os pilares dessa mudança, mas que destaca pouco a necessidade pela transformação nos comportamentos, mindset e atitude desses profissionais que farão isso tudo acontecer.
Posso até dizer que já estamos enfrentando essa dificuldade, mas também tenho certeza que os profissionais que trabalham com pessoas, estão se esforçando muito para disseminar essa necessidade de transformação.
Um dos grandes obstáculos dessa mudança e que a médio e longo prazo impactarão o mercado, é que este primeiro passo se dá por consciência individual total sobre o tema. E é por isso, que estamos ainda na etapa de disseminar conteúdo. Quando entendemos os porquês, o mercado atual, nossa vida, que deve ser administrada como uma empresa, cheia de áreas que trabalham juntas, farão toda a diferença. Até a geração Y (millenials), essa resistência ainda por entender o primeiro passo é muito comum. Contudo, a partir de 2010, a chamada geração Alpha vem mostrando comportamentos mais próximos do que este novo mercado pede, por isso, falamos que essa nova geração vem com chip diferente.
Essa característica dos novos profissionais vem trazendo desafios nunca vistos aos líderes, RH e todos envolvidos neste tema. Um deles é justamente essa inversão de papéis: quem escolhe a empresa hoje é o candidato. Esse tema vem se espalhando rapidamente entre as pessoas, contudo, o mindset de educação de carreira e administração da própria vida, vem faltando demais nesse movimento e então, mais desafios vão surgindo. Por um lado, gerações que precisam acelerar e por outro, uma nova geração que precisa encontrar o equilíbrio. Em qual momento você está? Como este encontro te ajudou a dar um passo em direção a sua felicidade? Aliás, o que é felicidade para você hoje?
Andrea Tedesco para a coluna Carreira
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