Às vezes pensamos que temos opções, que somos donos do nosso destino, da nossa vontade. Que somos os condutores. Só que o carro, na verdade, está no piloto automático. Acontece o tempo todo, em inúmeras histórias do cotidiano. Em alguns casos mais sutis, não se percebe tanto. Já em outros, a coincidência torna-se notória e impossível de não se notar. Conheci uma mulher, com uma história curiosa: engravidou, na época com 18 anos. Por ser muito jovem e acreditar ter uma vida inteira pela frente cheia de emoções e realizações em várias ramificações da sua vida, preferiu adiar o projeto de ser mãe e abortou. Anos mais tarde, se deparou com um cenário singular: teve dificuldades para engravidar, precisou recorrer a um tratamento e teve quadrigêmos! Claro, precisou deixar o trabalho, no qual era bem sucedida, e se dedicou exclusivamente ao projeto “mãe”. Não é uma incoerência? Quando ela havia decidido seguir outro caminho, a vida a levou para onde nunca devia ter saído. Talvez sua missão fosse mesmo ser mãe… Ou talvez, apenas talvez, uma escolha errada no passado se torne um fardo tão pesado de se carregar que ela mesma tenha “produzido” esse cenário. Outra curiosa história é a de uma mulher, que, no tempo da faculdade de fisioterapia, optou por não atender pessoas amputadas. Seu horror era tanto que chegava a sonhar com esse “fardo” em seu labor. Anos mais tarde seu marido sofreu um acidente de carro e perdeu as pernas. Ironia? Ser uma marionete da vida é algo que devemos nos acostumar. Por isso mesmo, no roteiro da vida é importante decidirmos qual estrada vamos seguir e não nos enveredarmos pelo caminho mais fácil. Já dizia o ditado: “o barato sai caro” e bom mesmo é estarmos sempre em acordo com ele, o senhor do nosso destino. Fui! (pensar melhor nas “minhas” escolhas…)
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