Valei-me Deus de enxergar essa menina pura, que entristece minha vista e faz-me crer que a ilusão da vida perpetua a linhagem de sangue, dor e sofrimento trazida por todos os nossos ancestrais que jubilam a chama da indecência, sem pudor ou clemência.
A ilusão que eu tinha, Deus, era a de que seríamos todos absolvidos pelos pecados comuns, que reeditam as crenças dos justos, em consonância com seus afazeres religiosos e pensamentos de boa fé… mas encontro agora, mais uma fagulha da Sua Ira, que enviesada pelo amor ao próximo, extorque os usurpados e entrega benevolência ao fruto do impuro, que roga viver em meio ao incêndio que destrói as veias e artérias da sua MÃE TERRA.
São os filhos da culpa que o povo busca proteger, mas não alimenta, outrora, o chão fértil que geminou os frutos do sexo impuro em doses cavalares de sadismo e iniquidade, em um estado vil de enfadonhos gemidos recitados na cadência do demônio sombrio, que habita cada um deles, breves discípulos do mal inerente.
Estranho, pois, que seja cumprido o purgatório da menina pura, que desfez-se dos seus sonhos em contradição com o pleito de prazer de um humano, mais real, mais faminto e mais visceral que os da sua estirpe.
Imploro, Meu Pai, que faça minha voz ecoar pelos sete cantos deste lugar, que encarcere os protagonistas de todo esse mal e que, junto com seus pecados mundanos, carregue os defensores dos bons modos, que entoam os hinos de paz, embebedados no sangue da carcaça de inocentes criaturas, que nada têm a ver com suas crendices e atitudes desumanas em nome de sua fé profana.
Fui! (Lutar…)