Aquela que habita em mim me pede para ir mais rápido, para desbravar o desconhecido universo de possibilidades que se estende ao meu redor, como um tapete vermelho, cheio de novidades e interesses genuínos. É ela quem grita para que minha voz não esmoreça, para que o ar que circula dentro do meu corpo seja suficiente e para que meu impulso seja forte o bastante para alcançar todos os sonhos que planejei para mim, quando ainda nem sabia ao certo qual estrada seguiria…
É ela, aquela que habita em mim, que ordena que eu continue, mesmo quando desanimo, mesmo quando me canso, mesmo quando a hora bate certeira no relógio cruel da minha rota; é ela quem me diz, baixinho, que a noite sempre será interrompida por uma nova alvorada, uma mais densa e brilhante, que me trará mais motivos para permanecer de pé, encarando os desafios que surgem certeiros na estrada de terra batida que cobre meus pés com a poeira remanescente dos meus antepassados.
Encontro nesse caminhar mais que um motivo para sorrir e, quase sem querer, vejo-me dançando uma música nova, que vem com gosto de nostalgia e lembranças de um tempo que ainda não consigo acessar, mas que me remonta a algo mais que perfeito, algo quente e aconchegante…
E, quando penso em dormir um pouco, sobre a relva de momentos em que me deitei, sou surpreendida por ela, aquela que habita em mim, quem me diz que já está na hora de despertar para uma nova caminhada, rumo ao meu destino brilhante, composto por todas as minhas versões mais positivas e estimulantes.
Fui! (Seguir com ela…)