Mirella Schuch é uma executiva com mais de 24 anos atuando na gestão de comunicação e marketing de empresas multinacionais e nacionais. Com MBA em gestão empresarial com ênfase em marketing e graduada em marketing, realizou o curso Empretec. Atualmente faz pós-graduação em Ayurveda.
Mãe do Arthur, boadrasta do Fred e esposa do Marcius, Mirella é apaixonada pela vida, por viagens e por curtir os momentos conectada à natureza, ao lado da família e amigos.
Proprietária de uma gargalhada “famosa”, Mirella é uma dessas mulheres que não passam despercebidas por nós e que, quase sem querer, transformam (para muito melhor) a energia dos lugares e das pessoas ao seu redor. Ela nos conta um pouquinho da sua história e como construiu seu lado mais “Zen”:
“Há alguns anos perdi minha mãe, minha cúmplice, e melhor amiga. Com a sua perda fui fazer análise e iniciei um processo de autoconhecimento. Neste período, não sofri o luto. E se você não cura algo, acaba fazendo a transferência de sentimentos e jogando para outra coisa, ou outras áreas da sua vida. Com a fuga, sofri as consequências desta troca de sentimentos.
Anos depois, descobri um câncer. O que eu tanto temia ter mais velha, chegou mais cedo. E o meu maior medo foi de deixar meu filho sem mãe. Àquela altura, eu sabia que tinha que mudar alguma coisa, mas não sabia como, então o que eu fiz?
Comecei a trabalhar mais. Hoje me pergunto: será que foi fuga outra vez? Vontade de me sentir viva? Não sei…
Eu vivia no automático, ligada no 220V. Muito acelerada e com pensamentos a mil. Não sabia parar e fazer as pausas necessárias…. Nesse período, meu pai adoeceu e precisei passar por cima de muitos sentimentos para ajudá-lo.
Às vezes, conseguia dormir só 2h para dar conta de tudo e de todos os papéis que eu exercia: de mãe, esposa, madrasta, dona de casa, executiva e ainda tinha que resolver a vida pessoal e profissional do meu pai.
Até que no dia em que ele faleceu, meu corpo desligou. No hospital falaram que era crise de pânico e me mandaram procurar um psiquiatra. Me tratei por 1 mês, e vi que o corpo estava viciando nos remédios que me ajudavam a ficar mais tranquila e a dormir melhor.
É “ótimo” resolver os problemas com um remedinho, mas tem seu preço. Senti efeitos colaterais e não queria ter este estilo de vida, então resolvi procurar outros caminhos. Fui fazer um curso de Mindfulness e foi ali que começou a minha transformação!
É “ótimo” resolver os problemas com um remedinho, mas tem seu preço. Senti efeitos colaterais e não queria ter este estilo de vida, então resolvi procurar outros caminhos.
Me apaixonei pela prática e pela forma como me senti. Me trouxe paz, tranquilidade e me ensinou a levar a vida de uma nova forma que até então eu não conhecia. Logo em seguida, resolvi fazer um retiro. Achava que não tinha o perfil, que era algo alternativo e não sabia bem como era, quem eram as pessoas que iam, mas resolvi arriscar e mergulhar. Nossa! Que mergulho profundo!
Fizemos terapias intensas, que mexiam com feridas, traumas e emoções. Voltei em êxtase com esse novo mundo que estava se abrindo para mim. Comecei a fazer Yoga, algo que jamais me imaginaria fazendo, meditação e continuei seguindo por este caminho. Quem me conhece bem, acho que também não imaginaria ver a versão da “Mirella Zen” nesta vida!
Na pandemia, me aprofundei ainda mais na minha jornada de autoconhecimento que misturava Yoga, arte e filosofia. Durante quase 1 ano foi um novo mergulho…. Ali, eu descobri que a saída era para dentro. E de repente comecei a sentir um desconforto no ambiente de trabalho. Apesar de ser o momento que mais ganhava dinheiro e que me colocava em uma situação vantajosa, não me sentia alinhada com o meu propósito.
Com a minha transformação, passei a ler livros (na verdade passei a amar a leitura), a fazer pausas, meditação, Yoga, levar uma vida mais consciente e, aos poucos, tudo que me trazia paz e tranquilidade passou a fazer parte da minha rotina, mudou meu estilo de vida para (muito) melhor.
Passei a me conectar, a me abrir para o universo e com isso, coisas incríveis começaram a surgir! Vi tantas transformações acontecerem na minha vida que me deu vontade de compartilhar, mostrar para o mundo os benefícios do autoconhecimento e ajudar as pessoas neste processo de transformação. Esse será o propósito da minha coluna na Revista Maria Scarlet!
E, se eu conseguir ajudar pelo menos uma pessoa aqui, minhas palavras já terão valido à pena!
Namastê.”
Matéria de Mirella Schuch para a coluna Espaço Zen
Encontre-a no Instagram @mimischuch