Sempre fui impulsiva. E, ainda que minhas atitudes cotidianas não reflitam essa condição, creio que sempre vou ser impulsiva… Isso porque lá dentro, em algum lugar no meu DNA, ou mesmo no meu EAI (Ensinamentos Assimilados na Infância), essa ideia está marcada para sempre na minha essência. Assim acredito, acontece com todo mundo… As pessoas não mudam simplesmente, elas se “moldam”. Se moldam a um casamento, a uma condição financeira, a um trabalho, a um status, a um preconceito, a uma imposição a si próprias.
Esses “mutantes” se redescobrem mais gentis, mais estratégicos, mais humanos. Se encontram com um eu muito mais afável, mais centrado socialmente, mais enquadrado. Se “resultam” mais maduros, depois das provas de recuperação da vida…
Mas a índole essencialmente boa ou má, essa índole de fofoqueiro, de puta, de brigador, de implicante, de dependente, e de tantas outras “essências”, essa não muda. Ela se esconde, se camufla. E nós mudamos aparentemente. Quase sempre para melhor, se é aparente.
E o risco que corremos é um dia precisar dessa essência transbordando na superície e não conseguir localizá-la debaixo das espessas camadas de cimento que utilizamos para “moldar” nossa paisagem…
Fui! (me resgatar debaixo dos escombros… Preciso da minha impulsividade de volta…)