Por favor, não me chame de guerreira. Me chame do que quiser, até com adjetivos que eu não gosto muito, mas jamais de “guerreira”. Minha vida não é um ringue de luta nem um campo de batalha para que eu me consagre desta forma. Minha vida é, simplesmente, minha vida. E só. Como deve ser a vida de todas as mulheres e homens que vivem intranquilos uma vida de preocupações cotidianas, de amores desencontrados e de stress acumulado. Somos todos seres reais e existentes, todos vítimas e vilões, dependendo da forma que abordamos nossas emoções. Somos todos: “humanos”. Minhas guerras não são travadas no cenário que meus olhos enxergam, não estão ali, expostas como grandes cicatrizes em praça pública. Minhas guerras estão escondidas dentro de mim, em um lugar que só eu consigo encontrar. E minha inimiga não é a violência, o descaso e o julgamento de uma sociedade inteira; minha inimiga é a angústia que me acompanha todos os dias, que me obriga a enfrentar o dilema que é ser eu, de uma forma mais otimista e menos penosa do fardo que carrego. Então, de novo, não me venha com esse papo de “guerreira”, eu não aceitei lutar. Eu aceitei viver, e isso é bem diferente…E se quiser me chamar de algo, me chame de linda. Vai me cair bem melhor!Fui! (simplesmente viver!)
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