Quando penso em mim, enxergo um mosaico de vários momentos cheios de vida e com fortes emoções no decorrer da estrada que caminhei. Vejo as oportunidades que perdi, as que criei e as que agarrei com toda força, para que pudesse hoje ser essa pessoa inteira, com a complexidade e a facilidade necessárias para suprir minha extrema carência de aplausos e olhares…
Sou eu, em uma profusão de cores e movimentos, que agora grita para manter-se ativa neste mundo cheio de prós e contras, com ecos que ressoam as vozes dos antigos, mas que profanam a palavra dos novos apóstolos, sempre prontos para demarcarem os limites dos nossos passos, em doses maciças de mau-humor e prepotência.
No meu balanço de vida, percebo que fiz muito por quem não merecia, mas também deixei alguns capítulos incompletos quando o assunto era entregar um pouco da minha boa-fé no caminho de alguns… superei meus obstáculos e reconstruí minha imagem perante o espelho de bronze, que emoldura a entrada da minha tolerância, com o cuidado de perdoar os descuidos que tive com a minha pele, todas as vezes em que não coloquei aquele filtro solar, que estava disponível na minha bancada.
Nesse balanço, sigo buscando mais ar para preencher os espaços que ainda considero vazios, e encontro na superfície da minha paz, os motivos para continuar a movimentar-me. E assim continuo, por vezes rápida e cada vez mais devagar, tentando completar minha história de vida, para fazer com que ela seja plena, mesmo sabendo que esse balanço é apenas um passeio…
Fui! (Aproveitar…)