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O beco do pesadelo


Estrelado por Bradley Cooper, Cate Blanchett, Toni Collette, Willem Dafoe, Richard Jenkins, Rooney Mara, Ron Perlman, Mary Steenburgen e David Strathairn, o filme é dirigido pelo vencedor do Oscar®️ Guillermo del Toro, escrita por Guillermo del Toro e Kim Morgan e produzida por Guillermo del Toro e J. Miles Dale. 

O Beco do Pesadelo já se mostra desde o início um suspense psicológico, onde nem tudo é o que parece ser.


Ambientado em um parque de diversões no estilo circo dos horrores em pleno século 20, Staton Carlisle (Bradley Cooper), é um homem que parece completamente perdido, mas logo mostra sua apreciação pelo bizarro e pela falta de sensibilidade ética.


Staton é ambicioso e malandro. Conforme trabalha no circo, conhece pessoas enigmáticas com histórias do passado regadas a mágoas, tristezas e arrependimentos. Mas também percebe o quanto pode aprender.


Aos poucos, ao lado de um mentor inesperado, desenvolve habilidades peculiares de manipulação e ilusionismo disfarçado de mentalismo.

A partir de suas escapadas e resoluções recheadas de enrolações, desperta a apreciação romântica de Molly (Rooney Mara), juntos os dois embarcam pra Nova York, afim de se apresentar para a elite da sociedade. Seus shows são badalados e já convicto de sua superioridade, Staton crê que ninguém jamais o desmoralizaria.

E neste momento Lilith Ritther (Cate Blanchett) entra na narrativa como uma psiquiatra intrigante, conflituosa e convidativa. Stanton logo a vê como uma oportunidade de ganhar ainda mais dinheiro com suas “adivinhações”.


Mesmo sendo alertado constantemente para não seguir um caminho perigoso, Stanton acredita ser capaz de fazer qualquer um dobrar-se as suas mentiras e manipulações.

Del Toro nos traz uma fotografia melancólica e acontecimentos inesperados, o que não foge de sua marca (como por exemplo em O labirinto do Fauno).


O beco do pesadelo está longe de ser um filme de terror como alguns esperavam. Sua narrativa traz a vivacidade de sentimentos humanos de maneira crua e um tanto perturbadora.


Não há como desgrudar os olhos da tela ou se distrair na narrativa, pois a todo momento é esperado que algo interessante aconteça. Vemos incrédulos o quanto a ambição pode ser uma montanha russa; hora positiva, hora negativa e até onde um homem seria capaz para conquistar aquilo que almeja.


A atuação de Bradley se destaca. Forte, entregue e emocional. E as cenas deixam a reflexão: Ética, escrúpulos, conceitos… Qual é o preço a se pagar por essas coisas? Quantos limites abandonaríamos para conquistar sempre mais?


Alexia Road escreve para a coluna Filmes & Séries

Encontre-a no Instagram @alexia_road






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