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Pacotes


A vida que permeamos é cheia de encontros e desencontros. Alguns encontros felizes podem gerar também desencontros tristes e doídos. Toda vez em que há uma separação e um novo casamento, os filhos, frutos do primeiro relacionamento, costumam “pagar o preço” deste desfecho “quase feliz”. Se, por um lado, a criança cresce pressionada pela parte abandonada da relação e adquire infinitos traumas e problemas emocionais futuros, a outra parte, que muitas vezes ocupa o rol de vilã, é também vítima do cenário que ajudou a criar. As madastras e padastros, salvo raríssimas e felizes exceções, são geralmente “bombardeados” pelas constantes acusações involuntárias do infinito desajuste dos “seres abandonados em desenvolvimento”. A triste realidade é que esses seres são manipulados e treinados incessantemente para levar o caos ao “lar doce lar” e fazer com que a escolha pela felicidade seja premiada com um “pacote estragado”, deixado propositadamente na porta da frente. Se já é difícil normalmente criar os seus próprios filhos, em um mundo onde há tanta controvérsia entre os limites do aceitável e do impróprio, conviver com filhos, frutos de outras regras que impõem a sua verdade espelhada em um retrato torto de uma separação mal-resolvida, é realmente um cenário pior que a do filme “Jogos Mortais”. E nesse jogo os enteados são, tão somente, joysticks nas mãos de seus pais rejeitados. Por isso, a primeira pessoa para qual se deve desejar muita saúde acima de todas as coisas é, justamente, para a ex ou o ex do seu amor. Para que essa pessoa tenha sempre muitos anos de vida para cuidar do seu “pacote”, que, muito provavelmente, quando chegar a idade adulta, vai estar cheio de marcas por toda a superfície e com o seu conteúdo com prazo de validade vencido… E morar na minha casa quando for adolescente? Fui!!!!!!!!!!!! (me mudar para outro país!)

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