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Parentalidade no Poliamor

Quando falamos em famílias já nos vem a ideia direta de uma centralização heteronormativa de um pai, uma mãe, como centros e núcleos. Uma sociedade criada sobre parâmetros reprodutivos heteronormativos, e assim acabamos por excluir qualquer ideia de famílias que estejam fora desse padrão e modelo tradicional.

Não é a toa que famílias homoafetivas tiveram seu reconhecimento há pouco, e que só recentemente puderam ter acesso aos serviços de saúde do SUS, atendimentos psicológicos. Ainda que a diversidade fosse ensinada nas escolas para compreender o comportamento dessa nova geração, de filhos de pessoas não heteronormativas.

No Poliamor estamos enfrentando o mesmo caminho que famílias nos aspectos LGBTQIAP+, visto que, o poliamor abraça toda diversidade de mulheres bissexuais, de transexuais, de pessoas assexuais que por sua vez, lhes é permito pensar em acordos, em multiparentalidade para usufruir de uma relação familiar que lhes atenda.


“No Poliamor estamos enfrentando o mesmo caminho que famílias nos aspectos LGBTQIAP+”

Aos poucos estamos tendo poliamoristas na configuração de relacionamentos trisal ( relação com três pessoas), lutando por Direitos básicos de serem reconhecidos, e que seus filhos sejam reconhecidos com nomes na certidão de nascimento de todos os pais da criança.

Dentro da nossa lei brasileira, temos o reconhecimento para entendimento do judiciário sobre família eudomonista, uma família que se liga por laços afetivos de solidariedade a fim de atingir harmonia, o que comportaria pais e mães adotivos, como família, e não somente uma família biológica que por vezes, mal querem essa criança, para uma família que deseja essa criança, e que assumirá todas as responsabilidades dessa instituição familiar.

Priscila Machado, Maciel Mira, e Regiane Gabarra, que planejaram dentro de um relacionamento poliamoroso a vinda de Pierre, são um exemplo da luta de famílias não tradicionais e heteronormativas padrão.

O trisal do interior de São Paulo, que mantém uma relação em trisal, estão agora a pedir de forma judicial o registro do seu bebê, Pierre, que nasceu no último dia 16 de abril. Nos comentários sobre o Trisal, vemos toda espécie de mal agouros como se a única família permitida fosse a tradicional e chamando mais uma vez a justiça a se manifestar de forma neutra e sem distinção de quaisquer rótulos morais sobre como dever ser do Direito.

As novas configurações relacionais, e foi por elas que começaram os primeiros Poliamoristas a pedirem seus Direitos em outros lugares do mundo e pedir visibilidade a suas causas, por famílias também como a do Trisal do interior de São Paulo, temos também no Interior do Paraná, Maria Carolina, Klayse e Douglas, que já estão a espera de um bebê juntos, e com certeza irão aparecer mais poliamoristas requerendo todos os Direitos, afinal todos são cidadão e o Estado não deve ser o regulador das relações humanas íntimas, é sobre isso que se trata o Poliamor.

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