Pecado, do verbo “pecar”. E, diferente de muitos filósofos eruditas que consagram o pecado na categoria dos incômodos sociais imorais e indecentes, classifico o pecado original como algo fortuito e genuinamente simples de se aplicar.
Pecado é tudo aquilo que renega o bom samaritano, que prega o que é certo ou errado dentro das doutrinas instituídas há milênios, e não ou nunca, por ele próprio, “samaritano”. Pecado é também a medida do descompasso dado ao benefício da dúvida, que se consagra medíocre quando o assunto é puramente sexual. Pecado para ser pecado deve necessariamente conter algum prazer perverso e nebuloso no meio de toda faceta, mesmo que esse prazer acarrete em culpa.
É pecado não pecar em causa própria, mas mais pecado ainda é pecar em causa própria com argumentos impróprios. Pecado por pecado, fico com os meus daqui do lado escuro da rua, onde o puro não é necessariamente inocente, mas é legítimo em seu pleito e não mente para angariar votos…
Fui! (Pecar, pecar e pecar. Porque não há nada mais prazeroso do que pecar, sem culpa claro…)