Se Deus existe, se é real, eu peço com todas as minhas forças: por amor, livrai-nos deste mal que nos tira o ar e nos enclausura dentro do nosso mais profundo desespero. Salva-nos a mente inquieta e poupa-nos das notícias amargas que recebemos todos os dias.
Traga luz para esta imensidão de escuro em que nosso mundo descendeu; faz-nos acreditar novamente que tudo será fácil e tranquilo, que os nossos dias serão ternos e que nossos filhos sobreviverão a esse holocausto da nossa humanidade.
Sabemos que somos fracos e mesquinhos, que carecemos de aprendizados e de honestidade; que mentimos e destruímos os sonhos dos mais frágeis, mas ao depararmo-nos com as feridas que agora se apresentam no leito frio dos que possuem a nossa imagem e semelhança, entendemos, enfim, que estamos inevitavelmente ligados a todos, e que constituímos um único organismo vivo, que agora carece de ar em seus debilitados pulmões.
Deus, Senhor de toda a vida, Detentor de Muitos Nomes, abraça seus filhos e os ajude a encontrar o caminho. Guia-nos por este labirinto de alternativas e dai-nos a compreensão necessária para acabar com este mal invisível que assola a humanidade em pleno tempo da tecnologia, onde tudo parecia ser possível e simples.
Ajuda-nos a compreender que podemos perder mais, sem que para isso percamos de fato. Poupe a todos, e em especial, os meus amores. Rogo, em um singelo pedido egoísta, completamente desprovido de maldade, mas repleto de honestidade, que guarde e conserve os que compartilham da minha comida, do meu teto e das minhas risadas. E, após as aspas humanas deste pedido, junto-me aos demais companheiros de estrada para cantar o mesmo hino em forma de oração...
Suplicamos, Deus, que faça com que o sofrimento cesse e o regozijo impere; que acolha todos os Seus Filhos em Seus Braços Misericordiosos e que poupe-os de enfrentar a calamidade que os aflige. Entrega-nos a cura de todos os males, com o poder da Sua Oração, que tem muitos nomes e é proclamada em vários idiomas, mas que se refere ao mesmo propósito.
Seja Deus com toda a sua divindade, que é infinita e brilhante, assim como as lágrimas que derramamos no seio desta Sua Terra devastada por nós, humanos.
E por fim, perdoa-nos, Deus. Pois não sabemos o que fazemos nem como aqui chegamos...
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