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Poliamor e o Feminino

O poliamor é um movimento social não monogâmico, datados de uma forma não muito certeira, nos anos 80 nos U.S.A (Estados Unidos da América). O que podemos afirmar sobre o Poliamor é que ele veio para balançar as estruturas da sociedade, vindo de uma ainda linha do movimento “amor livre”, do movimento Hippie que era uma contracultura de uma juventude dos anos 50, 60 que tomou uma conotação largada, mas que preservava em sua essência uma nova consciência social.

Nesse sentindo, o  Poliamor ganha enorme força nos embates dos relacionamentos não monogâmicos por estarem intimamente ligados as mulheres, terem famílias poliafetivas, mulheres bissexuais, lésbicas, assexuais , transexuais  e com uma projeção sobre a sexualidade  e quebra binária e patriarca de poder sobre as relações. É sobre questionamentos profundos sobre famílias tradicionais cristãs que não abraçam e não acolhem nenhum tipo de família que não é hetero normativa, e mono normativa.

“O poliamor tem a proposta de desmistificar o amor romântico platônico, aquele na qual as mulheres foram as maiores prejudicadas “

O poliamor tem a proposta de desmistificar o amor romântico platônico, aquele na qual as mulheres foram as maiores prejudicadas com a criação, além do domínio da sua sexualidade, apresentação do gozo, aceitação de sua sexualidade e vivência de maneira livre e com maiores opções que não seja; ser mãe, dona de casa, mãe de filhos de homens que não sabem e menos ainda querem ser pais. É do prazer em ser desejada e poder desejar por mais de uma pessoa, coisas que o gênero oposto sempre pode usufruir, mesmo que de forma velada e escondida, o mundo sempre foi mais generoso ao homen enquanto ele pudesse ser viril, pai de família para a sociedade, e manter suas facetas de prazer absoluto com mulheres mais desejáveis que suas esposas. 

Ainda com uma linguagem amorosa e afetiva, bem marcante das mulheres,  essa forma relacional abraça arranjos muito diferentes, além da inclusão, podendo ter nele redes de relacionamentos e apoios entre mulheres, acabando totalmente com a visão patriarcal “poligâmico“, pois sim para desespero do que tradicionais apontam, elas tem demonstrando muito mais interesses em relações fora do padrão monogâmico que por sua vez estão descobrindo o prazer de poder escolher como querem, quais parceiros querem, como desejam suas famílias e como irão planejar suas vidas com parceiros mais compatíveis. 

O poder do Poliamor no Brasil ainda está caminhando a passos lentos, mas já demonstrando  que não existe somente “dona flor” e seus dois maridos na ficção, e que é possível viver na realidade, e assim como a Simone Beauvoir,  reivindicou a liberdade, sexualidade,  gozo, prazer e feminilidade como força potente. Muitas mulheres desconhecidas e poderosas não querem só um grande amor e nem se curvar à luz do patriarcado, querem quebrar padrões normativos e fazer sua vontade, liberando seus desejos. 

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