Acordo e vejo vultos. Vultos de mim mesma girando em círculos para tentar encontrar as respostas dos infinitos questionamentos da minha alma. Sou eu que me tranco dentro de todas as escolhas saudáveis, e sou eu também que oriento meus filhos a aprender mais e sempre, mesmo que esses aprendizados não lhes tenham serventia alguma…Meus vultos me mostram o quanto caminhei sem chegar a lugar nenhum e o quanto ainda terei que caminhar para descobrir o simples prazer de uma barra de chocolate… Assim como os temperos que encantam feijoadas e moquecas, os nossos vícios proibidos nos encantam pelo prazer de salpicar algo indevido em um dia comum. São as marcas de quem muito fez que não deixam esquecer a essência que dorme, mas que não jaz sem fim até que se esgote sua última gota de energia. Essas marcas são as que ficam escondidas atrás das roupas da moda e em cima do sangue puro e limpo que corre por veias desobstruídas, gritando por um pouco de gordura animal, ou por um pouco de álcool… Ou, ainda, por um pouco mais de nicotina…E de que adianta ensinar seu filho a ser poliglota se ele não souber pronunciar nem um simples “obrigado” ? Meus vultos me ensinam o que não aprendi, e me mostram o que o caminho certo é muitas vezes aquele que julgamos ser a pior opção. Fui! (ensinar a meus filhos que antes de aprenderem a matemática da vida, precisam aprender a viver de verdade…)
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