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Precisamos falar…Mas acima de tudo, agir. 



Contra fatos, não há argumentos, certo? Então, vamos recapitular:

Fato 1: As mulheres representam quase 50% da força de trabalho do mundo, de acordo com o estudo da Organização Internacional do Trabalho, de 2018.


Fato 2: As mulheres ocupam 6% dos cargos de CEO nas empresas S&P 500 (Catalyst Research, 2021). No Brasil, apenas 3% das posições C-Level são ocupadas por mulheres (Bain & Company, 2019).


Fato 3: As mulheres recebem salários em média 14% mais baixos que os homens nas mesmas funções, de acordo com levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 115 países (2020).


Fato 4: A progressão de mulheres em cargos de administração no mundo nas últimas duas décadas foi praticamente nula (OIT, 2020).


Fato 5: Na pandemia, as mulheres sofreram maior impacto do que os homens na perda de empregos. Nos segmentos de serviços e vendas, responderam por quase 62% das perdas de empregos, apesar de representar mais da metade dos empregos na categoria.


(International Labour Organization – ILO, 2021).


A pergunta que eu faço é: o que estamos fazendo para mudar esse cenário?  Veja, minha mãe teve duas filhas e só pôde ingressar no mercado de trabalho quando já estávamos crescidas. Ela repetia quase como um mantra: “estudem e trabalhem para conquistar sua independência”.


Minha tia era enfermeira, sempre trabalhou e ensinou seus dois filhos a cuidarem dos afazeres da casa. A lenda era que “os meninos dela davam de 10 a 0 nas meninas”. Mas mesmo ela, que mostrou que afazeres domésticos não eram atribuições exclusivas das mulheres, quando casei, me questionou por que eu não arrumava o prato do meu marido.

Ela considerava um descumprimento do papel de boa esposa.


Herdamos muitos costumes que foram moldados por uma sociedade patriarcal e que muitas vezes preservamos sem sequer questionar.


Acontece que, como mostram as estatísticas, 52% da sociedade brasileira é composta por mulheres e, os outros 48%, são, portanto, filhos de mulheres. E diferentemente do tempo de nossas avós, em que a maioria das mulheres dependia financeiramente dos maridos, atualmente 45% das famílias brasileiras são mantidas por mulheres (PNAD, 2019). O que está faltando para assumirmos nossos papéis como agentes de mudança? Vamos continuar deixando um ambiente desequilibrado para nossas filhas e netas?


Defender a equidade não é “mimimi”, é promover com pensamentos e ações uma mudança estrutural legítima.

“Se quisermos mudar o mundo, precisamos começar a mudança dentro de nossas casas.”

Como estamos preparando a mentalidade do(a)s futuro(a)s CEOs? Estamos preparando os meninos para desconstruir vieses e modelos de direito? Estamos preparando as meninas para ocupar essa cadeira de forma natural, confiantes de que têm igualmente esse direito?  Se quisermos mudar o mundo, precisamos começar a mudança dentro de nossas casas.


Matéria de Érica Saião para a coluna carreira

Encontre-a no Instagram @erica_saiao

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