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“Qual é a fórmula mágica?”



Todos querem o melhor ensino para seus filhos. E o conceito do “melhor ensino” pode permear várias áreas, considerar inúmeros fatores e abordar diferentes critérios para definir o modelo do que é o “melhor”.


Distinguir o “bom” do “ruim” já é um começo para começar a traçar um caminho rumo ao “melhor ensino”. Mas o “melhor” pode ser algo muito subjetivo, então vamos desenhar as premissas que eu considero importantes para este conceito, ok?


No topo do ranking considero que o melhor ensino seja aquele que consegue enxergar além do que a caneta e o papel possam expressar; é o ensino que promove a educação ao som de uma canção, da forma que o aluno melhor consegue absorver. Esta canção pode variar de ritmo e tom dependendo do ouvido que a recebe, mas claro, deve vir sempre de uma excelente caixa de som. Essa premissa é a de uma escola com conceito “suroond”, aquela que vislumbra o melhor de cada um em uma plataforma dinâmica e receptiva.


É claro que existem “razões que a própria razão desconhece”, então, não adianta insistir com um conceito de ensino que você não aprova, como aquela missa em que você se incomoda mais com a hóstia presa no céu da boca do que com o conceito do menino Jesus abençoando seu corpo. É o “conceito” que deve ser aprovado em primeiro lugar.


Depois de passada a fase das tratativas conceituais, vamos ao que interessa: a forma de ensinar, no dia-a-dia do aluno. Aqui em casa tenho três filhos, ou seja, três exemplares-cobaias de um ensino promissor em uma das mais renomadas escolas de São Paulo. São três espécies distintas, que se destacam pelos efeitos e defeitos de uma maratona dos pais em busca de nada menos que o melhor. Eles têm vários recursos campeões, mas trazem em sua bagagem alguns probleminhas como prematuridade, alfabetização em países distintos, excesso de idiomas em fase ainda não-assimilável e outras várias falhas no meio do caminho… então, são três desafios bons para o novo colégio que se propõe a ser um dos cinco melhores da maior metrópole do Brasil.


Não quero ser injusta com os outros colégios que sobrevivem nesta selva de ensino promissor, na qual os pontos contam mais que os sorrisos, mas preciso destacar a importância do sorriso dos meus filhos cada vez que se aproxima o horário de irem para a escola. Sim, o sorriso vem antes das aulas e permanece após o retorno deles. É com satisfação que se arrumam e é com essa mesma satisfação que fazem planos para o futuro.

No colégio deles, o bem-estar dos alunos é o critério mais importante, mais até do que as tão valiosas notas para o “Enem”. Talvez porque a escola deles saiba que, para conseguir alunos brilhantes, antes ela tem que investir em alunos felizes. E esse é um dos segredos desta escola: fazer com que os seus alunos se sintam parte de uma comunidade onde todos são aceitos, com todos os seus “prováveis probleminhas” ou com seus diferenciais que se destacam do todo e que os consagra únicos. Ali, neste “espaço sagrado” para mim, vejo meus pequenos se tornarem grandes, vejo-os questionarem o mundo ao seu redor sem medo, mas com todo o respeito que é imposto, pois ali, menino mimado não se cria (adoro!!!).


Este colégio trabalha de forma muito personalizada o ensino de cada um. As características individuais, assim como as dificuldades de cada um são abordadas e tratadas especialmente para a criança em questão. É claro que nenhum aluno mediano vira aluno nota dez porque estuda neste colégio. É claro que as crianças viram adolescentes e adultos preparados, mas com suas limitações ou suas faltas de vontade preservadas. Quem não consegue ou não quer, não vai se destacar, apenas vai receber o melhor ensino possível. As ferramentas estão aí, mas o aluno é quem tem que “fazer acontecer”; e essa mágica não depende somente do palco ou dos acessórios, ela depende na sua maior parte, do mágico.

Então, voltando ao começo: “todos querem o melhor ensino para seus filhos”, isso é possível sim, mesmo sem que os seus filhos estejam matriculados em um dos cinco melhores colégios de São Paulo. E como isso é possível? Fazendo em casa o que o colégio dos meus filhos faz: “olhando para as suas crianças e adaptando o som da sua vida ao ouvido deles…”


By Cris Coelho

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