No mundo de hoje temos presenciado a criação de metodologias para a construção de um relacionamento entre empresas e clientes. Nunca a busca de consumidores foi tão feroz quanto neste cenário apocalíptico de fim de mundo em que vivemos…
Os estereótipos são direcionados a novas criaturas, intituladas “personas”, que acomodam em seu colo a responsabilidade de sustentar todas as carências emocionais que um produto ou serviço oportuno podem suprir. As empresas estabelecem estratégias para tangenciar os pontos em que essas “Personas” são alcançáveis, em ações de malabarismo e equilíbrio preciso, essenciais para o aporte de valor de suas marcas extraordinárias…
A premissa, com nome rebuscado de “Inbound Marketing” é de que a comunicação é um processo bilateral (essa não é a premissa da comunicação?), e que o cliente vai até a empresa e não mais a empresa vai até o cliente, pois este percebe o valor evidente da proposta da empresa.
O problema, pelo menos para a geração mais velha (e me coloco neste grupo, de pessoas com mais de 40) é que a percepção de valor gerada por essas empresas consome um bom tempo dos nossos neurônios, ocupa uma boa parcela do nosso tempo e cansa a nossa visão, já tão bombardeada por anos de tecnologia massiva…
A verdade é que tanto valor, tantos e-books, tanto conhecimento gera, inexoravelmente uma preguiça monstruosa a ser explorada. Temos todo o tempo do mundo durante a pandemia e, por incrível que possa parecer, estamos sempre correndo atrás de um pouquinho mais de tempo…
A verdade é que não temos disciplina ou interesse, ou mesmo “saco”, para administrar uma enxurrada cada vez mais maçante de conteúdo extra e teoricamente interessante. Não temos mais “HD” para processar tanta informação inútil (para nossas prioridades) e não temos mesmo interesse algum em todos os milhões de manuais disponíveis em e-books estratégicos que se propõem a valorar o que um dia foi alvo dos nossos interesses.
E o que queremos? Simplicidade, conteúdo direto, menos vírgulas e um texto mais disponível para a correria da nossa rotina virtual entediantemente complexa.
Cris Coelho para Coluna Sociedade
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