Quero mais, muito mais. Quero sentir-me livre todas as vezes que abrir minha boca, quero permitir-me sentir o que minha alma devassa me pede todas as horas em que me emociono; quero alcançar o intangível universo do proibido, dos cantos escuros em que meu ser se refugia quando se sente amedrontado.
Quero permanecer enorme enquanto posso e perenizar minha busca por esse algo a mais que eu ainda não encontrei, mas sei que está ali… quero permitir-me ser muitas em um só corpo e deixar minha mente fluir solta em direção a outros ventos, todos providenciais e necessários para o tamanho do nome que quero ostentar.
Quero viver essa vida com toda intensidade que puder e falar todos os idiomas que minhas protagonistas preferidas falam; quero continuar a ser esse ser curioso e autêntico, que quebra barreiras que não existem, só para poder mostrar a força que tem. Quero entreter-me com meu próprio corpo e rir da minha desgraça quando as horas de aflição alcançarem minha mente barulhenta.
Quero ser eu em um milhão de espaços criados para acomodar minha alma vaidosa e minhas ideias pouco ortodoxas. Quero estar presente mesmo quando não sou chamada e eternizar minha fala com a intonação teatral que encarno a cada subida no palco do desconhecido.
Quero mais, muito mais da vida que me rodeia, e que não para de tentar me encolher. Quero mais de mim e muito mais daquilo que costumo chamar de felicidade…
Fui! (Buscar…)