Estudamos, trabalhamos, casamos, amamos, erramos. E no final da caminhada pensamos que a grande descoberta desta vida é "nos encontrar". Somos tão ingênuos que muitas vezes não nos damos conta de que o mais importante não é encontrar a nossa essência, mas sim "criá-la". Inventar a si mesmo uma, duas, milhões de vezes. E quando essa invenção não dá muito certo, existe ainda a possibilidade de nos reinventarmos. De novo, "novos".
Descobrir o que há debaixo dos milhões de panos que escondem a nossa essência pode ser uma busca dolorosa com uma recompensa fantástica. Mas nos limitarmos a aceitar esse alguém que foi criado a base de "arroz e feijão" pode ser mesquinho e até cruel. Esse alguém pode, e deve, ter a oportunidade de ver refletido em sua dieta outros ingredientes mais sofisticados e delicados...
Mas como o resultado final só vemos mesmo é no final, podemos pensar que não somos reféns desse molde que o destino nos preparou. Que temos ao nosso redor muitos "cirurgiões plásticos" prontos a operar nosso núcleo e transformá-lo em algo sublime, do qual um dia ainda vamos nos orgulhar de ver, quando chegar a hora desse encontro.
E até lá, ainda temos tempo para nos inventarmos melhores, a cada dia. De novo...
Fui! (Me criar mais "eu" da forma que quero me ver...)