“Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião” já dizia a canção do querido Chico. E, se Chico soubesse como a letra de sua música conta verdades incontestáveis sobre o comportamento humano não seria ele, Chico cantor. Seria Chico doutor. Ou Chico Deus…
Muitas vezes pensamos que somos soberanos, grandes. Aí vem a roda da vida, que nos derruba e nos acorda. Nos mostra que ninguém sabe “tudo de tudo”. E que o poder a nós concedido é, meramente, transitório. Nos ensina que não somos donos de nada nem de ninguém.
Essa roda funciona para nos dar o equilíbrio do hemisfério central, da coerência, da humildade. Se vamos ao céu, descemos à terra. E se nela já estamos, aí o caminho é só subida. Mas se subimos muito rápido, a roda gira mais rápido ainda, e escorregamos…
E bom mesmo é saber que, se hoje somos pagadores das ofensas e mágoas que gerimos, no outro dia, um dia, que pode ser amanhã ou daqui a dez anos, somos nós que vamos poder cobrar as ingratidões e imperfeições dos antigos cobradores. E, se ainda assim não os encontramos, não importa. A culpa deles já é suficiente para o troco, e a gorjeta fica por conta…
Fui! (parar de cobrar o que um dia eu vou ficar devendo…)