Há pessoas que são assim: sinceras. E são tão lindas, tão fofas, tão puras. São pessoas com alma de criança, com a verdade na ponta da línga e a justiça na mente tranquila de quem foi coerente com a sua cartilha.
Para essas pessoas um aplauso e também um aviso: cuidado. Cuidado onde pisa, pois o solo da “terra da sinceridade” nem sempre é macio e suave. É, na maior parte das vezes, rochoso e cheio de crateras intermináveis. E o risco é terminar caindo nessas fendas infinitas, cometendo um “suicídio da sinceridade” no momento de defender o seu hino da verdade.
O que a sociedade ainda não percebeu é que o ser sociável não foi feito para falar as verdades sinceras do seu ponto de vista, mas sim as falsas e políticas verdades que serão aceitas nesse rol social. Ser “falso”, muitas vezes, não é demérito em um ambiente cheio de armadilhas, é algo providencial para a sobrevivência da espécie humana e necessário para a vida laboral, social e até familiar. Afinal, eu não quero estar certa, eu quero é ser FELIZ!
Então, com toda a minha sinceridade, o que é feio, a mim bonito me parece. E se essa bota com cano alto e salto fino está apropriada para uma festa infantil? “Claro que sim querida!” (festa de criança tem sempre gente fantasiada…)
Fui! (mentir um pouco mais e ser feliz…)