Meu nome é Thati Machado. Sou escritora, tenho minha própria editora (Se Liga Editorial), sou pansexual, casada e tenho um cachorrinho lindo chamado Noah.
Ah, também sou gorda. Gorda, sim! Com todas as letras, sem eufemismos ou constrangimento.
Eu era criança quando entendi que era gorda. Não sabia exatamente o que isso significava, mas fui precocemente apresentada ao sentimento de não-pertencimento; ao bullying; à falta de acessos.
“A gordofobia e a pressão estética chegaram muito cedo na minha vida”
Desejei por muito, muito tempo, ser magra, mas não era o corpo magro que eu queria, na real. Eu só queria pertencer, não me sentir diferente, ter atendimento médico adequado, conseguir comprar roupas condizentes com a minha idade e personalidade.
O corpo gordo não era um problema, afinal de contas. A forma como a sociedade o via e o tratava, sim. Como se não tivesse uma pessoa de verdade dentro dele.
A gordofobia e a pressão estética chegaram muito cedo na minha vida. Agora, aos 30, quase 31 anos, elas ainda não foram embora.
Eu transformei minhas vivências e o meu corpo em resistência. E uso as palavras como minha maior aliada nessa luta que está longe de acabar.
Então, aproveito para te deixar um convite:
vamos lutar juntas?
Thati Machado para a coluna Gorda, sim!
Encontre-a no Instagram @machadothati