A cada fechamento de ciclo lembro que existe um outro, inteiramente novo que se inicia. E para nossa sorte, ele vem recheado de várias palavras que juntas, formam um só conceito: esperança.
Porque esperança é o que nos move em direção ao desconhecido, tendo fé de que são as coisas simples, as melhores. E nessa vastidão de sentimentos, podemos perder-nos um pouquinho nos ecos das nossas versões antigas, que nos diziam para não esperar pelo amanhã porque ele nunca chega de verdade. É sempre o hoje, um hoje novo, de novo...
E quando paro para pensar sobre minha vida, o que já vivi e o que ainda quero viver sigo apenas com uma única certeza palpável: a de que me acompanha a esperança de poder fazer tudo que desejo, conservando aquilo que tanto quero e que me é tão valioso, na prateleira dos meus desejos infinitos.
Sou eu, em uma versão tão plena, que pede insistentemente pela concretização de todos os meus desejos, fazendo luzir em cores fortes a verdade que tanto busquei e que agora me é revelada sem pressa e sem dificuldade. Essa verdade é a que me diz em um sussurro que tudo vai correr bem, talvez não do jeito que planejei, mas de acordo com a minha vontade mais genuína.
Porque estou abastecida de toda sorte do mundo e permito-me saborear os descompassos que circundam minha passagem por essa estrada, afinal, os ciclos são apenas pequenos avisos de que o hoje é somente tudo que temos e que tudo será novo em breve, de novo e sempre.
Fui! (começar de novo...)
Cris Coelho para a coluna Crônicas
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