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Tudo vira um problema na sociedade atual



Vou medir minhas palavras para não ser cancelada!!! Juro que vou tentar ser breve e suave e... se tiver sorte saio desta postagem com poucos arranhões... rs


Sim, vivemos na era das problemáticas e isso é fato. Muitas são evidentes desabafos sociais em função de tanto tempo estando sufocadas pelas injustiças a que fomos desde sempre submetidas. Mas, por outro lado, não podemos negar que utilizamos o microfone no mais alto voluma para manifestar nossas insatisfações.


Se erramos o passo fingimos não perceber e retrocedemos ao ponto em que estávamos no ritmo certo; e em todas as vezes que sairmos do controle podemos utilizar nosso discurso vitimista para preencher as lacunas da hipocrisia ou do confronto desnecessário e pungente.


Não somos santas nem os demônios que nos pintaram nas telas renascentistas do século passado. Não somos certas nem erradas; somos mulheres que usam sua voz para falar com uma audiência surda e para conseguir massagear o ego mais interno que habita dentro do lugar de silêncio que buscamos conforto sempre que precisamos reabastecer nossos instintos mais plenos.


Somos mais femininas que feministas e buscamos um pouco do muito que entendemos existir do lado de fora do espetáculo que é a vida social masculina. Somos mulheres que buscam um pouco mais de direitos e um pouco menos de críticas, mas sabemos quando o exagero invade nossa rotina, todas as vezes em que tentamos ascender a algo que seria nosso lugar de fato, mas que por alguma razão pré-histórica nos foi negado.


Gritamos sem sentido nas vezes em que nossa voz ecoa sozinha na imensidão do pleonasmo, deixando brechas para eufemismos menos exacerbados e pausas mais constantes na cadência suave de uma música nada agradável.


Pedimos desculpas pelas palavras atravessadas e os tons desconcertantes de um enredo que busca tão somente incluir-nos em um lugar que já deveria esperar pelo nosso corpo maduro, gordo, quente e cheio de vida.


Fui! (acertar meu passo nesta dança chamada vida...)

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