Me sento tranquila em uma esquina fria para tomar mais uma xícara de café. Sinto a saudade invadir a minha alma ao mesmo tempo em que paro e escuto meu coração. São tantas memórias, tantos momentos, que nada parece afastar a sua lembrança.
Mas à medida em que saboreio o gosto amargo do meu café preto, sinto um calor me abraçar por inteira, como se o vento gelado assoprasse afagos e não calafrios. Escuto as mensagens de um outro dia; elas foram editadas, mas seu conteúdo permanece o mesmo, a espera de um sinal, a espera de nós… se fui vazia ou se fui relapsa, saiba que fui tão somente, verdadeira. Mas fui amante e fui fiel ao que sentia, então não te peço perdão, te peço apenas “mais uma vez”.
E se esse mais não vier nunca, escuto de novo o vazio do vento, em sinais de renovação e esperança.
Enquanto isso, sigo tomando meu café amargo, que fica cada vez mais doce à medida em que o tempo passa…
Fui! (Pedir um pouco mais…)