Lindsay Lohan retorna para as telas com sua comédia romântica natalina: “uma quedinha de Natal”, na Netflix. O filme tem gerado burburinhos do público, visto que seus admiradores estavam empolgados para o comeback da estrela de “Meninas Malvadas”. Alguns ficaram apaixonados pela narrativa e os personagens, outros nem tanto.
O filme acompanha Sierra Belmont (Lindsay Lohan), uma garota mimada e filha de um bilionário dono de um verdadeiro império. O pai (Jack Wagner) quer que ela assuma os negócios da família, mas Sierra está resistente quanto a isto. O que ela quer mesmo é apenas curtir a vida ao lado do namorado, Ted (George Fairchild), um influenciador egoísta e muito mais preocupado com a própria popularidade do que com o relacionamento.
Durante um passeio, Sierra sofre um acidente e fica desacordada até ser encontrada pelo viúvo Jake (Chord Overstreet), que a leva para o hospital e descobre que a moça perdeu a memória e terá que ajudá-la a se lembrar de quem era antes do acidente. Ela é levada para a pousada de Jake, e não preciso nem dizer que ambos vão descobrir que estão apaixonados um pelo outro, não é?
Tudo nesse filme me pareceu sem sentido, e eu sei que estamos falando sobre uma comédia romântica, mas a forma sobre como as situações foram se desenvolvendo ao longo do enredo chegou a ser vergonhoso até para quem ama um bom romance fofinho.
Quem é que perde a memória e é levada para a pousada de um homem que você nunca viu na vida, pois a médica recomendou que você volte a fazer atividades normais do dia a dia?
A sensação que me passou é que eu estava assistindo um filme de roteiro preguiçoso. Em que não dão justificativas plausíveis para explicar o motivo de as coisas estarem acontecendo do jeito que estavam.
Não vi carisma por parte dos personagens e muito menos química. Senti falta de conversas envolventes entre Sierra e Jake, que aconteceram poucas vezes, assim como momentos divertidos entre os dois, que houve, mas não me comoveram ou fizeram eu torcer e shippar o casal. Faltou algo que transformasse a narrativa única.
Também creio que já estejamos saturadas da personagem patricinha que é ridicularizada por ser rica e não sabe nem dobrar um colchão. Foram uma sequência de estereótipos cansativos de acompanhar em pleno 2022.
No fim, foi mais um filme de Natal.
Victoria Cabral para a coluna Filmes e Séries
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