Antes da viagem propriamente dita, a gente viaja sem sair do lugar. Em tempos de pandemia, as máscaras e as viagens viraram um “goal”, um objetivo a ser atingido por todos nós. Seja viajar para a casa da mãe ali na cidade vizinha ou mesmo no bairro, ou ir para outros países. Eu confesso a você que tenho me dedicado a fazer roteiros, porque quero botar o pé na estrada em breve.
Chega de máscara que quase nos deixam sem ar, de filas de vacina, de medo de falar com amigos e familiares. Agora é hora de sonhar. Eu sempre começo minhas viagens pelos meus roteiros e, por isso, faço as viagens sem sair do lugar.
Já tenho em mãos o roteiro da fé (Jerusalém), o do amor (Paris), o da boa comida (Itália), o da aventura e esporte (Costa Rica) e, claro, o do roteiro paradisíaco (Ilhas Fiji), mas ainda não me decidi.
"Vou para os lugares que não estão na internet, mas sempre fico atenta por onde passo a pé."
Começo minhas viagens pelo roteiro, depois vou para as companhias aéreas para achar os melhores preços — nesse item, fique atenta, porque muitas vezes perdemos um dia de ida e um dia de volta. Também pesquise se outras empresas aéreas fazem esse voo, de quantas horas é, se é voo noturno ou diurno, se quando chegar ao hotel já vai poder fazer o check-in, qual o horário do check-out no dia de sair do hotel. E, por fim, marco a data e começo a contagem regressiva.
Agora que escolhi o roteiro, o próximo passo é entrar de cabeça no local e, é claro, fazer aquela boa pesquisa na internet e entre os amigos.
Alias, você já parou para pensar que, quando decide ir viajar, parece que você sempre vai falar com pessoas que foram para aquele mesmo lugar? Parece a lei da atração!
Começo pela pesquisa geral — apenas escrevo o nome do lugar e começo a pesquisar. Por exemplo: Ilhas Fiji. O que tem para fazer lá? Para comer? Para visitar? Quais curiosidades? Vou começar e terminar por onde? Quais os pontos turísticos que o local tem? Com tudo isso em uma folha de papel física ou no computador, eu então começo a dividir a quantidade de dias.
"Adoro a sensação do “e agora, por onde começo?”. Explorar sempre foi meu “cup of tea”
Dia da chegada e quanto tempo vou levar do aeroporto até o check-in. Essa conta é superimportante, porque também vai balizar a sua volta do hotel para o aeroporto.
Ao chegar ao hotel e fazer o check-in, vou para o meu quarto, abro as malas, já deixo tudo “meio” ajeitado, tomo banho, coloco roupa limpa e fresca e rua!
Adoro a sensação do “e agora, por onde começo?”. Explorar sempre foi meu “cup of tea” (expressão americana para dizer que “é minha praia”), e o contrário também é válido.
Normalmente, na recepção dos hotéis sempre tem mapas ou dicas preciosas dos lugares mais legais na vizinhança. Também tem o city tour, ônibus que faz rotas e no qual vão nos contando as histórias dos lugares. Super-recomendo, é um dinheiro bem empreendido. O legal dos city tours, muitas vezes, é que você pode parar, descer e subir em vários outros pontos por onde o ônibus passa.
Começo pelo city tour e depois faço um reconhecimento a pé pela vizinhança.
Vou expandindo para o norte ou sul e, no dia seguinte, para o lado oposto. Assim, cubro os pontos turísticos, como museus, igrejas, parques, sempre pensando no lanchinho, no almoço ou no jantar. A gastronomia também faz parte do roteiro!
"Já encontrei lugares muito lindos na Itália, por exemplo, que não estavam em mapa ou na internet."
Depois vou para os lugares que não estão na internet, mas sempre fico atenta por onde passo a pé. Já encontrei lugares muito lindos na Itália, por exemplo, que não estavam em mapa ou na internet. Lembra o ditado “todos os caminhos levam a Roma”? Eu literalmente descobri caminhos lindos.
Bom, tente dividir os dias que você vai ficar na cidade pelos pontos turísticos, mas não se esqueça de conversar com as pessoas do local, porque você sempre vai descobrir aquele lugar escondidinho que vale a pena. Explore, divirta-se e…
Boa viagem!
Matéria de Ana Anselmo para a coluna Bolsa de viagem
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